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sexta-feira, maio 1, 2009

Pseudo-resenha: Divã

Filed under: Cinema — Nádia Lapa @ 01:38
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Hoje fui ao cinema para me desligar do mundo. Tenho vividos dias pesados e precisava espairecer. Pois Divã, novo filme do diretor José Alvarenga Jr. (Os Normais – filme e programa de TV, Você Decide, Sai de Baixo, Princesa Xuxa e os Trapalhões e Robin Hood, entre outros), é uma ótima opção pra relaxar. 

Claro que os cenários e figurino quase sempre em tons de azul cansa; que não é verossímil que se tenha DRs em cima de prédios; e que seria muito melhor se a chata da Ana Carolina não estivesse na trilha sonora. Mas, a verdade é que o filme quer arrebanhar grandes públicos e música de cantora conhecida ajuda, né?

So far, so good. Há duas semanas em cartaz, já levou aos cinemas mais de 500 mil espectadores. A peça de mesmo nome também foi um grande sucesso de público. Tanto no filme quanto no teatro a estrela é Lília Cabral, que vive a Mercedes de Martha Medeiros com brilhantismo para alguns. Pra mim, as personagens das novelas do Manoel Carlos estão tão impregnadas na atriz que não dá pra comprar a personagem do longa.

Outro ator que vive nas novelas ambientadas no Leblon e protagonizadas por Helenas é José Mayer, que no filme faz o papel de Gustavo, marido da personagem principal. Alexandra Richter, vivendo Mônica, amiga de longa data de Mercedes, consegue aparecer bastante, apesar do papel secundário.

Li diversas críticas sobre a visão estereotipada que o filme traz sobre os gays, mulheres e quarentonas. Hello-o! Em que planeta essas pessoas vivem? É óbvio que há cenas forçadas, como a de quando Mercedes e Mônica vão a uma boate e a primeira fica “entrevada” na pista de dança. Criticar isso é não ter a menor noção do que é cinema. No mais, pessoas passam sim por situações ridículas e MUITOS gays são exatamente iguais ao cabeleireiro do filme.  Pessoas politicamente corretas cansam. Deveras. 

Sou uma grande fã de Martha Medeiros. O último livro dela que li, Doidas e Santas, me fez até ficar mais boazinha. Contudo, não li Divã. Assim, não posso opinar sobre a adaptação cinematográfica, mas meu “achismo” me diz que o livro é melhor. Se você não quer dar uma de mané que nem eu e ir ver o filme sem ter lido o livro, em diversas lojas ele está sendo vendido por pouco mais de 20 reais – com direito a uma entrada para o filme. 

Divã é um filme pra divertir, mas que muitas mulheres de quarenta irão se identificar. Pra quem nunca passou pela experiência de uma separação, como eu, pelo menos as gargalhadas estão garantidíssimas. A cena de Lília Cabral no banheiro da The Week é de chorar de ir (tive que tirar os óculos para limpar minhas lágrimas). 

Valeu o ingresso.

Cotação: se você pagar meia, não perca. Se não, considere esperar pra ver na TV. 

Nádia Lapa

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