(Desculpem-me pelos possíveis erros de formatação e palavras “comidas”. O computador aqui é tosco e o teclado…)
Após o show de abertura com Adriana Calcanhotto – ontem à noite -, começaram hoje as mesas de debate da FLIP. Assisti a uma que discutia a arte dos quadrinhos. Muito interessante saber que os artistas de HQ (histórias em quadrinhos) passam pelas angústias e incertezas do processo de criação de uma obra, assim como muitos escritores. Sempre tive a ideia de que desenhar era algo mais “leve”. Ledo engano…
Bom, o melhor do dia foi a segunda mesa, na qual o tema era a China. Dois escritores – Ma Jian e Xinran – debateram questões sobre seus livros lançados na Feira: Pequim e Coma e Testemunhas da China.
O surreal foi o sistema de tradução simultânea do evento. Ma Jian (sim, é um homem) só falava mandarin. Foi aí que o show começou. O tradutor responsável por transformar aquela língua no nosso belo português resolveu fazer do microfone um show de Stand Up. Coisas como “Estou ouvindo minha própria voz” – com o aúdio aberto ao público – num momento “1,2,3, testando” e uma tradução ao pé da letra de uma metáfora, que acabou saindo como “Se eu me tornasse um pato e minha mulher uma franga…” fizeram o público gargalhar.
Risadas à parte, o fato é que a FLIP precisa melhorar um pouquinho o sistema de tradução simultânea dos debates. O evento merece e o público agradece.
Amanhã tem Buarque!
Cintia Santiago
Deixe um comentário