Poesia é realmente uma arte chata para quem não gosta de apreciar os meandros que a compõem. Na verdade, algumas obras são meras chatices em forma de versos. O fato é que, vez ou outra, me deparo com coisas incríveis. Elas não são meramente – simplesmente – poesia; são a transformação do nosso “ser e estar” em arte – simples ou não.
Lendo sobre a realidade de ser jornalista, fiquei à beira de um quase suicídio. Desisti. Abri um livro chamado Poemas Escolhidos e decidi que nunca mais reclamo.
A enrolação acima é somente para dizer que eu indico – fortemente – esta obra. E mais; todo mundo precisa um dia conhecer Sophia de Mello Breyner Andresen – poeta portuguesa (sim, eu falo poeta também no feminino). Se não pela importância que a nobre senhora tem na literatura mundial, que seja pela beleza dura dos versos do poema que intitula este post. E que me fez calar os pensamentos sobre um possível suicídio jornalístico:
“Abre a porta e caminha
Cá fora
Na nitidez salina do real”
Por Cintia Santiago
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